sexta-feira, 6 de junho de 2008

Burnout no Hospital

Síndrome de Burnout

O trabalho dos profissionais da saúde em hospitais requer uma sólida experiência clínica e maturidade para enfrentar e tomar decisões difíceis, pois atuam em situações de estresse que envolve ainda implicações éticas e morais.

Entre os estressores ocupacionais que afetam diretamente seu desempenho e bem estar temos:

· trabalho em instituições públicas com alta demanda de pacientes
· falta de recursos técnicos, ambientais e de pessoal de apoio
· longas jornadas de trabalho
· falta de segurança com exposição a riscos físicos e de contágios
· falta de reconhecimento profissional
· contato constante com a dor, sofrimento e muitas vezes com a morte
· falta de treinamento e preparo durante a graduação

O tipo de trabalho e a responsabilidade do cargo envolvem uma série de atividades que necessitam de controle mental e emocional muito maior do que em outras profissões

Os profissionais da saúde se deparam com pacientes em estado grave onde o fator tempo, capacidade de decisão e uso de técnicas de procedimentos são fundamentais para o sucesso e sobrevida. Além disso, não é somente o paciente que adentra no hospital, os acompanhantes e familiares se apresentam com as angústias do sofrimento e as incertezas, principalmente o medo da morte.

Dessa forma, os estressores ocupacionais, quando persistentes, podem levar à Síndrome de Burnout como uma resposta emocional a situações de estresse crônico em função de relações intensas em situações de trabalho com outras pessoas.

A Síndrome de Burnout é entendida como um processo constituído por três dimensões: Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Profissional

A Exaustão Emocional é caracterizada pela falta ou carência de energia, entusiasmo e por sentimento de esgotamento de recursos. Os profissionais acreditam que já não têm condições de despender mais energia para o atendimento de seu paciente ou das demais pessoas como tinham antes.

A Despersonalização provoca a insensibilidade emocional e faz com que o profissional passe a tratar os pacientes, os colegas e a organização como objetos.

A Baixa Realização Profissional revela-se por uma tendência do profissional em se auto-avaliar negativamente. Sentindo-se infeliz e insatisfeito com seu desenvolvimento profissional.

Estes fatores podem levar ao comprometimento do serviço prestado com a diminuição da qualidade do cuidado oferecido afetando diretamente o paciente, sua recuperação, bem como os esforços da equipe e a organização do trabalho interdisciplinar.

Destacadamente no contexto hospitalar, mostra-se necessário a identificação dos fatores estressante no ambiente de trabalho, bem como a promoção de ações preventivas para a minimização das condições aversivas que prejudiquem o desenvolvimento humano, assistencial e profissional.

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