sexta-feira, 20 de junho de 2008

Psicologia e Cardiologia

PSICOLOGIA E CARDIOPATIA

Parte 1

Considerando a concepção psicossomática das doenças, compreende-se o adoecer como um processo que tem em sua origem ou repercussões a presença de fatores emocionais.

Neste contexto, o estudo do paciente cardíaco tem mobilizado a atenção de vários profissionais da área da saúde e em especial do psicólogo inserido no contexto do hospital.

Confirma-se a importância da participação do psicólogo na interconsulta no trabalho do hospital geral, para uma compreensão mais abrangente do paciente e do seu quadro sintomatológico, fazendo parte de um modelo de cuidado de atenção integral ao doente dispondo de técnicas específicas que contribuem tanto para uma compreensão diferencial do adoecimento quanto para o fortalecimento dos aspectos envolvidos na sua recuperação.

Uma doença pode assumir significado completamente diferente, dependendo do momento que o paciente estiver vivendo. Muitas doenças se assemelham, com sintomas e características específicas que denotam o adoecimento, mas é importante perceber que o "estar doente" para a pessoa acometida, nunca é exatamente igual, desta forma, fazer uma compreensão da doença e de como esta invade a existência da pessoa é uma tarefa imprescindível para o enfrentamento.

Entre os fatores relevantes, deve se perceber que possíveis relações emocionais podem estar associadas à doença cardíaca e que, além das interações destes sistemas, deve-se reconhecer na história clínica, as três dimensões do espaço diagnóstico: o paciente, a doença e as circunstâncias.

Numa avaliação diagnóstica das doenças cardíacas, o primeiro fator a ser considerado é o genético, que garante não só a trajetória de vida, como também a predisposição para as diferentes condições mórbidas.

Outros aspectos se fazem presentes e compreendem os fatores de risco das doenças cardiovasculares, os quais crescem de importância nas pessoas em que os fatores genéticos é evidente e/ou predispõe indivíduos, que mesmo não apresentando histórico genético da doença, se vêem em complicações igualmente nocivas.

Entre esses fatores de risco, os principais são: hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol alto), diabetes mellitus, obesidade, tabagismo, sedentarismo, hereditariedade e fatores psicológicos associados.

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