quarta-feira, 25 de junho de 2008

Doenças do coração Fatores de Risco Personalidade

Doenças do coração Fatores de Risco Personalidade

Nos estudos sobre a incidência das doenças cardiacas na população em geral, há evidências de que fatores de risco crescem de importância nas pessoas em que o fator genético é evidente e mesmo em pessoas que não têm essa história genética, esses fatores podem predispor os indivíduos a complicações igualmente nocivas.

Avaliando-se como as pessoas se adaptam ao meio, na relação social, familiar e profissional, podemos relacionar como isto é processado individualmente no sentido da qualidade de vida a que o sujeito se submete ou se organiza.
Percebemos que pessoas portadoras de alguns traços de personalidade, normalmente de natureza ansiosa, são propensas a problemas coronarianos mais do que pessoas que não têm esses traços.

Alguns autores baseados em testes psicológicos, procuraram identificar características de personalidade que predisporiam alguns indivíduos a apresentarem doenças cardiovasculares mais do que outros.

Destes estudos originaram a denominação de personalidade Tipo A e Tipo B, reconhecendo-se dois distintos padrões de comportamento.

Os integrantes do grupo A são indivíduos extremamente competitivos, sempre plenos de tarefas a cumprir e com falta de tempo, sacrificam férias e descanso e quando o fazem não conseguem se desligar do serviço totalmente, apresentam comportamentos que denotam pressa, impaciência, hostilidade e uma sensação de uma pessoa que orientou seus esforços a uma luta que foi infeliz.

As pessoas do grupo B, ao contrário, são tranqüilas, lentas, raramente se comprometendo com prazos rígidos; evitam assumir múltiplas tarefas simultâneas e encargos extras, não só gostando de descansar, como sabem fazê-lo.

No atendimento terapêutico com as pessoas classificadas nos padrões de Personalidade Tipo A o que se percebe em seu estilo de vida é uma tendência à ansiedade exagerada, onde a competitividade, por exemplo, que é um traço marcante nesta classificação, é estimulado pela necessidade de sucesso social e profissional e são comumente caracterizados pelo clínico como estressados.

Já os indivíduos denominados como Tipo B, têm como estilo de vida uma relação oposta, ou seja, a competitividade não é traço marcante ou prioritário, não são agressivos, dificilmente se estressam emocionalmente, fazem uma coisa de cada vez, são metódicos e mais tranquilos e aproveitam mais seu tempo livre, conseguindo se desligar do estresse diário.

A escala de pontos de avaliação de risco cardiovascular classifica o paciente segundo seis graus: B1, B2, AB, A3, A2 e A1, com risco cardiovascular aumentando em proporção direta.

Esta avaliação é baseada em uma escala de 20 questões bipolares, ou seja, de características contrastantes (por exemplo: você ouve bem e deixa os outros acabarem de falar versus você antecipa os outros na conversa, interrompe e acaba as frases para os outros).

Mostra-se importante reconhecer as relações entre estilo de vida, estresse e demais fatores de risco envolvidos na manifestação, na evolução e na manutenção da doença cardíaca, pois uma combinação dos fatores acentuam e intensificam o risco de problema cardíaco comprometendo a qualidade de vida dos sujeitos.

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